facebook
As encomendas feitas antes das 12:00 são despachadas imediatamente | Envio gratuito para compras acima de 80 EUR | Trocas e devoluções gratuitas dentro de 90 dias

Como o mirin pode enriquecer sua comida e por que ele deve estar na sua despensa

O Segredo da Culinária Japonesa - O que é Mirin e Por que não Deve Faltar na sua Despensa

Ao cozinhar pratos asiáticos autênticos, muitas vezes nos deparamos com ingredientes que não são muito comuns em Portugal. A culinária japonesa é excepcional nesse sentido – simples, mas ainda assim cheia de sabor umami, requer ingredientes específicos que criam seu perfil característico. Um desses ingredientes é o mirin, um condimento que pode parecer discreto, mas desempenha um papel crucial na culinária japonesa. Talvez você já tenha ouvido falar dele ou o tenha encontrado em uma receita de teriyaki. Mas o que é exatamente o mirin, qual é o seu sabor, para que serve e com o que substituí-lo se não estiver à mão?

Mirin – o coração doce da culinária japonesa

Mirin é um tradicional vinho de arroz doce japonês usado principalmente para cozinhar, muitas vezes também chamado de molho mirin ou sakê doce. Ao contrário do sakê tradicional, que é bebido, o mirin é principalmente um ingrediente culinário. É feito pela fermentação de arroz pegajoso com cultura koji e álcool, geralmente originado da fermentação de cevada ou arroz. O resultado é um líquido mais espesso, de cor âmbar, com um sabor suavemente doce, mas ao mesmo tempo complexo, que se destaca pelo seu umami natural.

Seu perfil de sabor é equilibrado: a doçura não é muito agressiva e o álcool (se ainda presente) geralmente evapora durante o cozimento. É precisamente essa combinação de doçura e umami que torna o mirin praticamente insubstituível na preparação de muitos pratos japoneses – desde marinadas até coberturas.

Onde o mirin é usado e por que é tão importante?

Na culinária japonesa tradicional, o mirin tem um lugar insubstituível. É usado em pratos conhecidos como sukiyaki, nikujaga (guisado de batata com carne bovina), teriyaki de peixe ou na sopa de miso, onde adiciona uma doçura suave que equilibra a salinidade e a acidez dos outros ingredientes. Muitas vezes é combinado com molho de soja e sakê – esse trio forma a base de muitos molhos japoneses.

Mirin ajuda não apenas no tempero, mas também melhora a textura e a aparência dos pratos. Graças ao seu conteúdo de açúcar, adiciona brilho e carameliza suavemente a superfície da carne ou dos vegetais. Por exemplo, ao assar salmão em uma marinada de mirin, o peixe adquire uma cobertura dourada, que é não apenas saborosa, mas também visualmente atraente. Além disso, o mirin ajuda a eliminar o típico odor de peixe, o que é apreciado por todos que já prepararam frutos do mar.

Em lares que preferem um estilo de alimentação mais saudável, o mirin é frequentemente uma alternativa bem-vinda ao açúcar refinado. Sua doçura natural vem da fermentação e não contém adoçantes adicionados, o que o torna adequado para aqueles que preferem ingredientes integrais e naturais.

Tipos de mirin e o que saber ao escolher

Nas prateleiras, você encontrará diferentes tipos de mirin, e depende principalmente de quanto você se importa com a autenticidade e a qualidade do prato. O mais tradicional é o hon mirin – com cerca de 14% de álcool, sabor rico e preço mais alto, ideal para receitas mais exigentes ou cozinhas profissionais. O shio mirin tem um pouco de sal para ficar fora da tributação sobre álcool, e embora não seja tão suave, serve bem na cozinha. E por último, o mirin-fu – uma variante mais barata com quase nenhum teor de álcool, que apenas imita o sabor do mirin, portanto, é mais adequado para cozinhar menos exigente.

Ao escolher o mirin, recomendamos ler os rótulos – as variantes de qualidade não contêm aromatizantes artificiais nem açúcar, e têm uma maior proporção de ingredientes naturais.

Como substituir o mirin se você não o tiver em casa?

Talvez você esteja preparando uma receita de macarrão udon japonês ou queira tentar um molho teriyaki caseiro e descubra que não tem mirin na despensa. Felizmente, existem várias alternativas que podem ser usadas dependendo do que você tem em casa e de quão autêntico deseja que seja o sabor final.

As substituições mais comuns incluem:

  • Vinho branco com um pouco de açúcar – usar vinho branco e açúcar (cerca de 1 colher de sopa de açúcar para 100 ml de vinho) é uma das maneiras mais comuns e acessíveis de imitar o sabor do mirin.
  • Vinagre de arroz com mel ou açúcarvinagre adiciona acidez e mel ou açúcar, doçura, mas atenção à proporção – aqui já é mais um compromisso.
  • Sakê doce ou xerez – especialmente o xerez doce, com seu sabor caramelizado, se aproxima da complexidade do mirin.
  • Molhos japoneses de tempero com mirin – por exemplo, molhos teriyaki prontos ou tsuyu (caldo concentrado) podem conter mirin e substituir seu uso.

É importante não usar apenas açúcar. O mirin não é apenas um adoçante – ele adiciona textura, cobertura e profundidade de sabor aos pratos, algo que o açúcar sozinho não consegue.

Mirin na culinária europeia? Por que não!

Talvez você pense que o mirin só faz sentido em receitas japonesas, mas é precisamente seu sabor suavemente doce e capacidade de realçar outros sabores que o tornam universal mesmo fora das cozinhas asiáticas. Por exemplo, adicionar uma pequena quantidade de mirin em um molho caseiro para salada pode substituir o açúcar comum e dar ao molho uma nova dimensão. Também é adequado para marinar carne antes de grelhar – por exemplo, em combinação com mostarda, molho de soja e azeite de oliva, cria uma base saborosa que amacia a carne e lhe dá brilho.

Na cozinha portuguesa comum, o mirin pode ser útil na preparação de pratos ensopados, onde é necessária doçura para equilibrar componentes ácidos ou salgados – por exemplo, ao ensopar repolho vermelho, preparar caça ou mesmo sopas. E se você gosta de se aventurar na fabricação caseira de molhos fermentados, o mirin pode servir como matéria-prima ou ingrediente para temperar.

Como armazenar mirin e quanto tempo ele dura?

Após aberto, o mirin deve ser armazenado em local fresco, de preferência na geladeira. O hon mirin de qualidade, que contém álcool, tem propriedades conservantes naturais – portanto, dura até vários meses. As variantes mais baratas, com menor teor de álcool, devem ser consumidas mais rapidamente, pois podem perder o sabor ou começar a estragar. Se começar a formar sedimentos no fundo da garrafa ou a cor mudar, é hora de se despedir do mirin.

É bom lembrar que, como todos os produtos fermentados, quanto mais alta a qualidade do ingrediente, maior a durabilidade e melhor o sabor.

Mirin no dia a dia – experiência da cozinha portuguesa

Uma das blogueiras de culinária portuguesas descreve sua experiência com o mirin assim: “Usei mirin pela primeira vez ao preparar salmão segundo a receita de Nobu Matsuhisa – a combinação de pasta de miso e mirin criou um sabor incrivelmente complexo. Desde então, adiciono uma colher de chá de mirin em salteados de vegetais ou em molhos de salada. É como um pequeno milagre em uma garrafinha."

É essa capacidade de transformar pratos comuns em algo extraordinário que faz do mirin um ingrediente que vale a pena ter em casa – não só se você ama sushi ou ramen, mas também se você simplesmente gosta de experimentar sabores e procurar alternativas mais saudáveis aos temperos comuns.

Num momento em que cada vez mais pessoas se voltam para ingredientes naturais e tradicionais, o mirin é um excelente exemplo de como um produto fermentado pode enriquecer não só o perfil de sabor, mas também o valor nutricional do alimento. Quer o use na preparação de donburi, tofu glaceado ou até mesmo sopa de abóbora, o mirin adiciona profundidade, doçura e um acabamento elegante a cada mordida.

Partilhar isto
Categoria Pesquisar